A toxina botulínica foi estudada inicialmente por causar o botulismo, isto é,
envenenamento por toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinium, com efeito sobre a
junção mioneural e um quadro clínico caracterizado por: diplopia, disfagia, miastenia e
insuficiência respiratória, podendo ser fatal.
Ao longo dos anos, estudos demonstraram a ação
terapêutica da toxina botulínica, quando aplicada em pequenas doses.
A partir de 1989 a toxina botulínica foi aprovada mundialmente para uso clínico como
relaxante muscular nos casos de blefaroespasmo, estrabismo e distonias e posteriormente nos
quadros de espasticidade (aumento do tônus muscular e dos reflexos e espasmos musculares),
situação clínica comum após lesão encefálica ou da medula espinhal.
Pacientes portadores de bexiga hiperativa neurogênica e idiopática refratários ao
tratamento com fármacos antimuscarínicos, apresentam boa resposta às injeções intravesicais
da toxina tipo A, expressa tanto pelo aumento da capacidade vesical quanto pela melhora nos
sintomas relacionados à bexiga hiperativa (urgência e frequência urinária).
A eficácia demonstrada nestes estudos varia de 60% a 90%, com durabilidade do efeito entre três a
doze meses.
A utilização da toxina botulínica tipo A parece ser uma opção terapêutica segura,
no tratamento dos sintomas relacionados à bexiga hiperativa de pacientes refratários ao
tratamento conservador e/ou fármacos antimuscarínicos, com mínimos efeitos colaterais.
Atualmente existem 6 registros ativos de toxina botulínica tipo A junto à ANVISA, porém as
três marcas mais comercializadas no Brasil são: Botox®, Dysport® e Prosigne®.
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